sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O Castelinho de Areia

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Uau, aqui estou eu de novo pra mais uma lamentação. A tirinha aí de cima diz tudo. Usar pessoas como se fossem um "terreno baldio". Eu uso o blog agora, uma maneira mais correta, mas muita gente (mesmo) usa seus semelhantes.

Hoje foi o dia que o castelinho de areia foi destruído.

Imagine. Você chama seu amiguinho e juntos começam a fazer um castelinho de areia na praia. Vocês querem que ele seja um castelinho bonito, diferente, vistoso. Vocês sabem que podem fazer! Então tá. Aí quando ele tá tomando forma, seu parceiro se levanta do nada, vai lá e mete uma bicuda que reduz o castelo a um monte de areia sem forma.

Você pode até dar uma nova chance a ele, e reiniciar. Lógico, vai perguntar: "Por que fez isso? Porra!". Aí ele te diz: "prometo que não vou fazer de novo". Vocês voltam a trabalhar.

Aí a cena se repete. SIM, seu parceiro vai lá e mete outra bicuda e desmonta o castelinho. O que você faz aí?

Bom, eu venho aqui contar uma parábola. Antes, procuro uma testemunha que tenha visto isso, pra me dizer sinceramente, se sou eu, ou se é o mundo que está louco. Será que ninguém viu ele destruindo tudo, achando que ninguém ia ver? Será possível? Bom, alguém viu. Alguém notou. UFA! Pelo menos isso.

E porque ele fez isso? PERGUNTA PROIBIDA. Não quero mais saber, só de especular já sinto nojo.

Depois vou falar com cachorros. Os comparo a humanos. Digo: "Puxa, olha só, com eles não tem tempo ruim. Se por acaso tiver, vai ser explícito na cara deles. Cachorros não fazem transferência de negatividade."

Transferência de negatividade?

Que porra é essa?
Talvez você saiba.

É algo como essa situação da tirinha aí em cima. Do terreno baldio.

Você está bem. A pessoa com quem você convive, não.

A pessoa transfere tanta negatividade ao ambiente, e à você (por palavras, olhares, representações teatrais, etc.), que de repente, a situação se inverte.

Você perde seu bom humor. Se sente desconfortável, tenso.

E logo em seguida, a OUTRA pessoa se sente bem. Sente-se LIGHT. Como se tivesse aliviado um peso.

Realmente, ALIVIOU um peso. Você compreende?

Você já pode ter vivenciado isso. Falando com uma amiga, fui chorar minhas pitangas sobre isso, e qual era a surpresa, ela também estava mal por ter passado por situação semelhante.

Ou seja, é um mal contemporâneo, de certa forma, comum!

Que pena. Não bastassem as diferenças geográficas, religiosas, temos que conviver com esse tipo de situação. Não é novidade, mas enfim, é um desabafo.

Hoje ouvi a frase: "a vida é um teatro". Enquanto ouvia isso, observava o ex-parceiro de castelinho alegre, como se nada tivesse ocorrido.

Tem gente que resume tudo numa frase só.

Mas eu não desisto de fazer um castelinho.
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